Fragmentos

Esvaziamentos

O niilismo não é vencido por forças políticas rivais.

As totalidades dissipativas dissolvem a si mesmas,

e novas forças políticas ocupam os esvaziamentos.


O niilista olha em pânico as forças de ocupação, mas

o verdadeiro terror vem de dentro.

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Notas

Uma oposição humana, demasiado humana

Os seres humanos não são naturalmente egoístas (Nietzsche, Rand), nem naturalmente capazes de autossacrifício em sua suposta eventual santidade (cristianismo).

Eles são esta mistura complexa entre dois fatores ao mesmo tempo conflitivos e complementares:

autointeresse ⚖️ altruísmo

Uma relação estritamente dialética, cheia de tensionamentos, geradora de sempre novos problemas e possíveis soluções (sínteses).

As sociedades são, na verdade, uma resposta em algum grau bem-sucedida a este tensionamento entre competitividade e cooperação.

Algumas sociedades toleram um nível mais elevado de competividade entre agentes autointeressados (os famosos mercados (de bens e ideias) livres), tornam-se mais dinâmicas (Deutsch) ou abertas (Popper), produzem mais riqueza e fazem florescer as liberdades.

A demanda por liberdade é, por sinal, bem razoável:

se há mais de um modo possível de resolver um problema, por que não?;

se há sempre novos problemas a serem resolvidos, como poderíamos abrir mão da liberdade para enfrentá-los?;

como poderíamos descobrir novas soluções, no amplo espectro dos possíveis, sem liberdade de pensamento e ação?

Mas isto não faz nenhum de nós demônios, nem santos.

Somos o que somos.

Mas podemos muito mais.

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